O desenvolvimento de programas de grande porte na indústria aeronáutica brasileira, como o da aeronave militar KC-390, a nova geração de jatos comerciais da Embraer e os caças F-X2, trouxe nova carga de trabalho para a cadeia aeroespacial e de defesa do país.
Juntos esses três programas somam investimentos de cerca de US$ 11 bilhões. Só o contrato de produção de 28 aeronaves KC-390, assinado mês passado com a Força Aérea Brasileira (FAB), representa um aporte adicional de R$ 7,2 bilhões para a Embraer.
O grande desafio das empresas do setor, no entanto, ainda passa pelo aumento da competitividade para que possam não só atender à Embraer, mas também aproveitar as oportunidades para evoluir tecnologicamente, diversificar a produção e, assim, atingir o mercado externo, afirma o coordenador do Grupo de Trabalho do Setor Aeroespacial e Defesa (Gtaero), José Wilmar de Mello, diretor da ThyssenKrupp Autômata.
“A cadeia de suprimentos do setor aeronáutico é global e, para participar dela, as empresas precisam ser competitivas perante concorrentes de classe mundial”, diz o vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Embraer, José Antônio Filippo.
Segundo o executivo, o Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF) coordenado pela Embraer, assim como o FIP Aeroespacial, fundo que vai investir no setor, são as mais novas iniciativas apoiadas pela empresa para fomentar o fortalecimento da cadeia de base tecnológica. “Com isso estaremos impulsionando as empresas para crescer e, ao mesmo tempo, estreitando o relacionamento de inovação no Brasil.”
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